sexta-feira, 21 de setembro de 2012

É fácil se amar ...




É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, o shopp é gelado.
É fácil amar o outro nas ferias de verão, no churrasco na casa dos amigos, nas festas com data marcada.
Difícil é amar quando o outro desaba, quando não acreditar em mais nada, e entendeu tudo errado, quando rola uma crise de ciúmes sem razão.
E paralisa, e se vitimiza. E perde o charme. Isso sim é difícil, difícil mesmo é perdoar uma traição, mais fazer o que você simples mente o ama.

 Difícil amar quando o outro mora em outra cidade, outro estado, difícil mesmo é permanecer amando quando parece que todos já foram embora.

Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta. Para caminhar humanamente ao seu encontro.

Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura magica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado á vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de não  desiste da gente, do nosso amor, mesmo que seja sofrido, mais amar é isso ...




sexta-feira, 7 de setembro de 2012